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NOTÍCIAS















Ataque suicida em Moscou
 



 Duas explosões consecutivas fizeram mais de 100 vítimas no metrô de Moscou, na Rússia, na manhã de segunda-feira (29).

Os atentados foram provocados por mulheres suicidas e até o fechamento dessa edição a contagem oficial estava em 38 mortos e 65 feridos.

As explosões, em duas estações diferentes, ocorreram por volta das 8h - horário de pico. As vítimas foram atingidas em um vagão e também na plataforma. No complexo da estação de Lubyanka funciona a base do Serviço Federal de Segurança da Rússia, que sucedeu a KGB como agência de inteligência local.

Apesar de nenhum grupo ter assumido a ação, o chefe do órgão de segurança, Alexander Bortinikov, disse à imprensa que as mulheres são provavelmente do norte do Cáucaso, onde o país enfrenta uma insurgência islâmica.

Nas últimas semanas, as forças militares russas realizaram operações contra rebeldes do Norte do Cáucaso e, em fevereiro, pelo menos 20 pessoas foram mortas em uma ação
na Inguchétia, um dos distritos da região.

O ataque foi o sexto do tipo nos últimos 12 anos. O último havia sido em agosto de 2004, quando um suicida explodiu uma bomba do lado de fora da estação de Rizhskaya, também em Moscou, matando dez pessoas.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu em comunicado que os responsáveis pelos últimos atentados serão "destruídos".



 



 


 



 












Sacrificadas ao nascer
 

Por Kátia Mello
katia.mello@folhauniversal.com.br


Política de controle de natalidade e valorização do homem em países como a China levam à morte, ao aborto e ao abandono de bebês do sexo feminino

A Academia Chinesa de Ciências Sociais publicou em janeiro um estudo que mostra números alarmantes: em 10 anos, um em cada cinco rapazes não conseguirá se casar por falta de mulheres no país. O dado é baseado na diferença entre o número de homens e mulheres de até 19 anos e na perspectiva de que haja de 30 a 40 milhões de rapazes a mais do que garotas em 2020 na China.

"O país tem um política de natalidade que autoriza apenas um filho por casal. Como a cultura deles valoriza mais o homem, a tendência é que eles escolham bebês do sexo masculino em detrimento de meninas - que, quando se casam, vão morar com a família do noivo.

Além disso, quem cuida dos pais quando eles ficam idosos são os filhos homens.

Eles matam a criança, jogam no lixo, abandonam", afirma o doutor em demografia José Eustáquio Diniz Alves, professor do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, órgão do Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística (IBGE).

Os números da pesquisa chinesa vão além: a taxa de meninos nascidos era de 124 para cada 100 meninas entre 2000 e 2004, um número excessivo, já que nasçem, em média, 105 meninos para cada 100 meninas no mundo.

Mas essa discrepância não acontece só na China.
O número de nascimentos masculinos também está sendo alterado em nações como a Índia e a Coreia do Sul, por exemplo.

"Vejo consequências desestabilizadoras para estes países. Um dos motivos que leva algumas sociedades a preferirem os homens é o 'preço da noiva', o dote que a família tem de pagar para casar a filha.

Políticas de controle de natalidade e um preconceito tradicional contra as mulheres têm influência certeira também", diz o pesquisador Daniel de Torres, chefe-adjunto do Programa Especial de Segurança e Sexo do Centro de Controle Democrático das Forças Armadas (DCAF, na sigla em inglês), organização com base em Genebra (Suíça).A Índia também segue a tendência chinesa, principalmente no noroeste do país, onde o número de meninos é de 124 para cada 100 meninas nascidas vivas.

Em artigo recente, a revista inglesa "The Economist" cita a propaganda de médicos indianos que usavam o slogan "pague 5 mil rupias (cerca de R$ 200) hoje e economize 50 mil (R$ 2 mil) amanhã", fazendo referência ao preço de uma ultrassonografia para saber o sexo do bebê, dez vezes menor do que o possível valor de um dote no futuro.

Os números mostram que as indianas preferem abortar a ter bebês meninas.

A Coreia do Sul, que passou por uma situação semelhante de redução do número de meninas nos anos 90, conseguiu revertar a situação e hoje tem aproximadamente 108 meninos para 100 meninas.

"A Coreia está conseguindo reverter a situação, mas a população adulta atual é majoritariamente masculina.

O que se observa é uma supervalorização das mulheres e a dificuldade dos homens em arrumar uma esposa, o que os leva a buscar parceiras de outras nacionalidades", destaca Diniz Alves, que acredita que a China deve seguir o mesmo caminho.

"A população chinesa já não quer mais a política do filho único e o estado vai ver que proibir não é a solução", completa o professor.